Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a geração Z, atualmente, representa a maior geração do planeta, com 32% da população mundial. Apesar do crescimento dessa comunidade, tem sido desafiador para os gestores de empresas liderar esses profissionais nas empresas. Sócio e diretor da empresa especializada em consultoria, a Bematize, Vandson Cunha comenta o aumento da geração Z e os desafios dos gestores na liderança desses profissionais nas empresas.
“Os principais desafios de liderá-los estão estreitamente ligados ao conflito, seja de valores, comportamentos, criação familiar ou experiências profissionais”, aponta. Para Vandson, as empresas precisam observar de forma otimista que a chegada de profissionais dessa geração pode auxiliar na retenção de talentos, não como um embate entre colaboradores de outras gerações, mas sim como um complemento de bagagem.
“Com a chegada da geração Z no mercado de trabalho, é preciso investir em uma adaptação não só no ambiente de trabalho, mas também na gestão de talentos. Essas pessoas podem agir de forma diferente dos profissionais de outras gerações e com necessidades distintas. Trabalhando juntos, no entanto, podem tornar o ambiente dinâmico e produtivo”, complementa.
Como forma de ajudar as empresas que buscam trabalhar na liderança e motivação da geração Z no ambiente organizacional, o especialista reuniu sete estratégias:
O feedback busca compreender as habilidades e dificuldades dos colaboradores, mas também serve para mantê-los motivados nas empresas.
Para Vandson, essa prática vale tanto para alertá-los sobre possíveis falhas, quanto para parabenizá-los pelas ações exitosas, além de ser indispensável na gestão de pessoas.
“O feedback funciona como uma bússola que orienta o profissional na hora de desenvolver suas atividades. Esses profissionais da nova geração estão interessados em conhecer os resultados do seu trabalho ou compreender o que poderiam melhorar”, comenta.
O alinhamento de metas é um dos recursos que muitas empresas usam para transformar a missão em um sucesso. Segundo ele, os colaboradores precisam ter os seus objetivos dentro da empresa definidos.
Do contrário, ficará difícil mensurar o desempenho e a produtividade da companhia.
“Quando o colaborador não sabe qual é o objetivo dele na organização, acaba perdendo a motivação. Portanto, é necessário que cada colaborador saiba qual é a sua responsabilidade dentro da empresa e tenha objetivos claramente definidos para que possa desenvolver-se no emprego, além de crescer na carreira”, afirma.
Para motivar os profissionais da geração Z nas empresas, é necessário oferecer um bom plano de benefícios, eles servem como uma forma de engajar a produtividade dos colaboradores e reter novos talentos que podem ser combinados com os benefícios flexíveis.
“O investimento do plano de benefícios se tornou tendência nas organizações, já que facilita na retenção de talentos que podem ser combinados com os benefícios flexíveis, que nada mais é que a autonomia do colaborador em escolher o seu próprio benefício de acordo com seu momento de vida, como, por exemplo, flexibilidade no horário, cursos de idiomas, descontos em academias e medicamentos, entre outros, dependendo da necessidade de cada pessoa”, explica o especialista.
De acordo com o profissional da Bematize, o segredo para manter uma boa relação com os colaboradores é saber ouvi-los e entender as suas necessidades.
“Essa geração valoriza bastante quem sabe ouvi-los. Portanto, busque entender o que eles pensam sobre a empresa, a função que desempenham e outros assuntos relevantes. Dê espaço para que apresentem ideias e sugestões que possam melhorar no
sugestões que possam melhorar no engajamento da equipe”, pondera.
As novas tecnologias de comunicação desencadearam mudanças na vida dos colaboradores, como o uso de aplicativos que facilitam o processo organizacional das empresas e o impulsionamento da produtividade.
“Esta geração está ambientada com a tecnologia, já que cresceram diante do uso de aplicativos, da comunicação por vídeo, com a conectividade mundial, o domínio de plataformas, entre outras. O mercado está valorizando profissionais desapegados com a operacionalização, que podem dispor vantagens para as organizações, como: otimização de processos, simplificação de tarefas, além da compreensão das ferramentas tecnológicas”, diz.
Segundo o especialista, um dos erros mais comuns dos gestores, e que pode comprometer a rotatividade dos jovens e gerar consequências para a empresa, é a falta de treinamento entre lideranças.
“Esta ação precisa ser realizada periodicamente, pois sempre existirá a necessidade de atualizar os conhecimentos e integrar futuros líderes”, afirma.
A geração Z costuma pautar as questões da diversidade e das causas sociais, já que são movidos por novidades. De acordo com Vandson, as empresas precisam buscar novas formas de incentivar a motivação desses profissionais.
“O tema da inclusão social, por exemplo, é o mais procurado por esses jovens que têm muito a contribuir no mundo corporativo. Para isso, as empresas precisam investir em pautas sociais, peça a ajuda deles no desenvolvimento de algum projeto que possa promover um ambiente de trabalho agradável”, finaliza.